domingo, 7 de outubro de 2012

MENSAGEM NO TEMPO

Angelino Pereira


Se o Homem acredita no sonho, a obra realiza-se.
No espaço breve do seu tempo, o homem deve marcar a sua presença, enquanto vida na Terra.
Da matéria que constitui o seu corpo, que deu forma à sua existência, com novas formas e seres, ficará a realização da sua obra, com alma do entusiasmo que durante a vida lhes dedicou.
O homem faz a razão da sua existência pela presença do homem!
As desigualdades pelo desmerecimento da dignificação humana, que conduzem, sistematicamente à extinção da espécie, como ser racional; são a razão das minhas palavras que constituíram a obra anterior “«NO CONTO DO MEU POEMA».
Mas enquanto a injustiça prevalecer, a obra continuará inacabada!
Com este segundo livro, «MENSAGEM NO TEMPO» continuarei a contribuir para a construção da obra que o tempo mostrará as gerações vindouras: um mundo mais fraterno, onde o homem reencontrará a plenitude da felicidade, como principal razão da sua existência.
A matéria, da qual foi realizada a obra que somos, regressará apesar de tudo e, irreversivelmente ao ponto da sua origem!


Angelino Pereira

Era assim no tempo, em que Angelino mais ou menos teria nascido em Novelas, mais propriamente no dia 2 de Fevereiro de 1939, Manuel da Rocha Melo e D, América da Rocha Melo, comemoraram 25 anos de casados.
Neste dia, realizou-se um cortejo em Novelas, até à Escola-Cantina, onde Dona América distribuiu cobertores a 200 pobres de Novelas.
Neste acto estiveram presentes os administradores da Cantina, Augusto José Lopes e Abel de Sousa Meireles, e a directora Adelina Augusta Monteiro.
No final, o cortejo veio ao toque de música, até à Casa da Tulha.

F. Oliveira


Muitos anos depois, no dia 24 de Abril de 1997 – Paço dos Duques em Guimarães Angelino Pereira procedia ao lançamento do livro «MENSAGEM DO TEMPO», e na página 24 encontra-se um poema dedicado à sua terra Natal com o Título “ NOVELAS” a retratar esse tempo.
«MENSAGEM NO TEMPO»

"Comi broa com chouriço, feito de porco caseiro, no caldo de couve-galega e milho rapado na roca.
Brinquei em dias de Inverno, na horta com a minhoca.
Fiz carrinho para brincar, de madeira e chapa velha que eu tinha de inventar no meu tempo de “canalha”.
Bebi ao pequeno almoço, aguardente bagaço e vinho e acendi a minha lareira com lenha de seco pinho.
Pesquei enguias no Sousa, com armadilhas montadas, entre choupos amarradas, com anzóis portando o isco que fizeram bom petisco.
Refeições soberbas uvas, “que nas vinhas eu roubava” na procura de alimento aquando na casa faltava.
Entre nada e nada ter, nasce o homem p`ra vencer, junto ao Sousa divinal, Novelas de Portugal”

Angelino Pereira


 



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